Onde todo problema tem solução,

Onde tudo é mais bonito,

Onde todo homem é filósofo,

Onde toda mulher é bonita... Isso se você não for abstêmio é claro!

Seja bem vindo ao “Bar-atas”, pega um copo e senta que vai começar o papo de bar!

Ah, as baratas? Bom, com o tempo você se acostuma afinal elas estão aqui ha muito mais tempo!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Claúdia leitte compara roqueiros que criticam axé a hitler

Claudia Leitte cantou Led Zeppelin e Rolling Stones no Rock in Rio e foi criticada pelos roqueiros, que a colocaram nos Trending Topics. Nesta terça-feira, ela deu a resposta em seu blog. E comparou a Hitler quem curte rock e se acha superior a quem gosta de axé.
“Não gostar de Axé é normal! Anormal é achar-se superior porque conhece John Coltrane ou porque adora o Metallica. Procurem no Google sobre a história de um ariano que se achava superior aos judeus…
Há tanto por fazer. E pessoas com voz ativa, com acesso à internet, manifestam-se como se fossem melhores que as outras porque curtem o LED ZEPPELIN… Hein?”

 

 

Carta aberta a Cláudia Leitte

Por Felipe Voigt

Cara Cláudia,

Tive o desprazer de ler sua postagem sobre as criticas recebidas por seu show no Rock in Rio. E confesso que me assustei com o que li. A forma como a senhora tratou os que a criticaram em nada difere da postura deles. Foi arrogante, se colocou como falsa-humilde que esconde a pseudo superioridade.

Dizer que quem a criticou por sua duvidosa apresentação é gente desocupada é um tanto quanto controversa. Afinal, a senhora mesmo os criticou em seu blog. Talvez também não tenha o que fazer, então...

A senhora não foi respeitada porque não respeitou primeiro. Teve a mesma soberba de outro artista que levou uma chuva de garrafas na edição passada. Chegou querendo impor e se impor, esquecendo-se de que não estava em um terreno “seu”. É fácil ser estrela em uma micareta, mas deve ser foda saber que não era a artista principal da noite no festival em que tocou, não?

Nem todos são tão radicais como a senhora se colocou em seu blog. Em 2001, estive no Rock in Rio III para assistir ao show do Neil Young. Antes, entre outras bandas, assisti a apresentação de Elba Ramalho e Zé Ramalho, notoriamente não-roqueiros. E, sem surpresa alguma, um público de quase 130 mil pessoas aplaudiu, dançou, cantou e respeitou o trabalho de ambos. Tocaram forró, frevo e tudo mais... E por que o público teve esse prazer e respeito? Porque ambos são artistas que, fora dos palcos, possuem carisma, humildade, competência e talento para saber lidar com as diferenças. E respeitaram o público que estava diante deles.

Pois bem: pode-se dizer, aparentemente, que sou um roqueiro ofendido com a forma como tratou aqueles que gostam de rock e não gostam de axé. Ok, assumo meus preconceitos em relação a esse tipo de música. Mas não sou xiita como a senhora se colocou em relação aos roqueiros. Ano passado estive em um show da Ivete Sangalo em minha cidade. Nunca, em sã consciência, iria a um show desse. Mas fui por razões profissionais. E gostei do que vi, mesmo não gostando do ritmo.

E por que gostei? Por causa da forma como a cantora tratou seu público e, principalmente, a maneira como se portou fora dos palcos, respeitando, sim, as diferenças. Nunca vi ninguém conquistar minha simpatia da maneira como dona Ivete conquistou aquele dia. Continuo não gostando de sua música e de seu estilo musical, mas passei a respeitar muito a artista.

Por falar nela, a referida postagem em seu blog apenas levantou a bola na área para que Ivete fizesse um gol de placa e te mostrasse como conquistar outros roqueiros em um festival que leva o nome de “rock”. Mas isso deve doer mais do que qualquer outra critica que nós, reles mortais, possamos desferir em sua leittosa direção.

E só uma dica: não use mais o nazismo como forma de reforçar uma idéia. Isso demonstra falta de argumentos e preguiça mental, pois sabe que todo mundo sempre rechaçará qualquer atitude parecida com a do “ariano”. Lembre-se que o próprio arrastava milhares de pessoas por onde passava, falava com eles de cima de um palco e dizia que quem estava contra ele era ignorante e, provavelmente, não tinha o que fazer na sua doentia concepção. Nesse caso, sua postura não difere muito da do ariano, não... Ele generalizou os judeus, você generalizou os roqueiros. Ambos diante de uma multidão de fãs.

No auge de sua soberba, a senhora chega inclusive a tratar roqueiros como seres desprovidos de inteligência mesmo que remota, já que pede para entrarem no Google e pesquisar sobre o “ariano que se achava superior aos judeus”. Aposto que se fizer uma enquete entre seus fãs, muitos sequer saberão escrever Hitler... quiçá saberão quem foi! Mas o que esperar de alguém que compra um DVD da senhora, não?

Dizer que um roqueiro se acha superior por conhecer Metallica ou Coltrane é o mesmo que se sentir gostosa por fazer um clipe com ex-Menudo recém saído do armário. Quem esfrega o que na cara de quem?

Mas é sempre assim, não? Quem critica o faz por inveja, queria estar no seu lugar, em cima daquele palco, não é? Claro: o mundo inveja Cláudia Leitte... que humildade, que modéstia, que exemplo!

O pior é vê-la criticando os artistas internacionais por atraso, por mostrarem a bunda, por não conseguirem “conciliar a respiração com o canto” – clara alusão à Kate Perry, que NÃO foi vaiada no mesmo dia em que a senhora se apresentou, mesmo ofegante.

Os critica por que? Posso usar sua mesma forma de pensar e achar que está com inveja deles? Olha, acho que posso... Releia sua frase:
“pouco se importam conosco, querem beijar na boca, ir à praia e tomar nossa cachaça, e nós, que pagamos caro para assistir aos seus ‘espetáculos’ em nossa terra, aplaudimos a tudo isso”.


Falou a senhora conhecida por uma música cujo refrão é “eu quero mais é beijar na boca”!

Sinto um enorme ressentimento vindo dessa frase... Porque os que pagaram caro para ver o show dos internacionais também pagaram caro para ver o seu show – e seus outros shows não devem ser baratos, também. Mas eles cobraram mais cachê, não é? Acho que isso que deve doer...

Talvez um dia a senhora consiga alugar um “garden” qualquer pra alavancar sua carreira internacional e, quem sabe, gravar um single com algum desses mesmos artistas que criticou. DUVIDO que vá falar: “não aceito porque você foi ao Brasil, atrasou o show, beijou na boca e bebeu cachaça!”.

Assim como você disse ter gente honesta trabalhando com você, eles também possuem gente honesta trabalhando com eles. Mas a senhora também não respeitou isso...

Enfim: perdeu uma ótima chance de ficar quieta.

PS: se tem mesmo todo esse respeito por Rita Lee, nunca mais faça um show em um rodeio, ok? Não importa o quanto paguem, o respeito que tem por ela não deve ter preço, certo?




Opinião do bar:

  Realmente tem gente que não sabe reconhecer seu espaço e ainda por cima acaba falando de mais!
Eu já imaginava que iria acontecer algo desse tipo desde o primeiro dia que ouvi falar quem participaria do "Rock in Rio" na verdade eu não a culpo pelas reclamações e sim os organizadores do evento que parece que esqueceram o título do festival (ROCK in rio)!
  O problema é quando uma pessoa recebe uma oportunidade de apresentar-se em uma área que não é a sua e acaba criando polêmica em uma tentativa inútil de aparecer mais que os outros!
  Nada contra os outros estilos musicais, cada um tem seu gosto e pode considerar "música" aquilo que bem entender, mas o que tem que ficar bem entendido é que cada um tem seu espaço, ou será que não é o bastante carnaval todo ano? sendo que o Rock in Rio não dava as caras aqui a dez anos!
  Dez anos de espera e o que vai ficar marcado na história do rock in rio 2011 será as declarações polêmicas, vaias a artistas que fogem ao tema do festival, enfim, erros de um pequeno grupo de pessoas que decidem a organização do festival e que estão mais preocupados com CIFRA$( e não estou falando das cifras musicais) do que em dar espaço e cultivar outros estilos musicais!
  Afinal nem todo brasileiro é obrigado a ouvir Axé, samba, funk e pagode!
 

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Inofensivo?!


 
Estudos europeus revelaram os efeitos do álcool . Existe a evidência de que:
Vodka + Gelo = estraga os rins!
Rum + Gelo = estraga o fígado!
Whisky + Gelo = estraga o coração!
Gin + Gelo = estraga o cérebro!
Pelo que parece é esse fdp do gelo que estraga tudo!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Feliz dia mundial do Rock !!!


Rock And Roll Não É Poluição Sonora

Ei aí,
todos vocês homens medianos
Joguem fora suas roupas extravagantes
E quando vocês estiverem sentados aí fora numa cerca
Então mexam suas bundas e desçam aqui
Porque o rock n' roll não é nenhum enigma, cara
Pra mim ele faz muito muito sentido

Muito sentido
Ow
Oooh yeah

Decibéis pesados estão tocando em minha guitarra
Nós recebemos vibrações vindas do chão
Estamos apenas escutando o rock que está fazendo muito barulho
Você está surdo? Quer ouvir um pouco mais?

Estamos falando sobre o futuro
Se esqueça do passado
Ele sempre estará conosco
Ele nunca morrerá, nunca morrerá

Rock n' roll não é poluição sonora
Rock n' roll nunca morrerá
Rock n' roll não é nenhuma poluição
Rock n' roll ele sobreviverá

Sim,ele vai

Dei uma olhada dentro do seu quarto
Você parecia estar dormindo tão bem em sua cama
Bem, eu perguntei se você queria qualquer tipo de som e amor
Você disse que queria rock n' roll

Estamos falando sobre o futuro
Se esqueça do passado
Ele sempre estará conosco
Ele nunca morrerá, nunca morrerá

Rock n' roll não é poluição sonora
Rock n' roll nunca morrerá
Rock n' roll não é nenhuma poluição
Rock n' roll é apenas rock 'n' roll

Rock n' roll não é poluição sonora
Rock n' roll nunca morrerá
Rock n' roll não é nenhuma poluição
Rock n' roll ele sobreviverá

Rock n' roll não é poluição sonora
Rock n' roll nunca morrerá

Rock n' roll não é nenhuma poluição
Rock 'n' roll
Ah rock 'n' roll
É simplesmente rock n' roll,yeah



Atitude, liberdade, utopia, revolta, celebração, cultura...

Mais do que um estilo musical, o rock é um estilo de vida!!!

A todos os roqueiros em suas mais variadas ramificações
(Blues-rock, folk-rock, psicodélico, grunge, heavy, trash, hard rock, rockabilly, southern, etc...)
a equipe Bar.atas deseja um feliz dia mundial do Rock!!!



 

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Homer: O Filósofo


“Eu não sou normalmente alguém que reza, mas se você estiver aí em cima, por favor me salve, Superman!”

“Álcool, a causa e solução de todos os problemas.”

“Cale a boca pensamento, ou te enfio uma faca!”

“Olha aqui seu robô idiota, ninguém acaba com as férias da minha família. Só eu, ou talvez meu garoto.”

“Ele já sabe como gosto do meu drink: com muito álcool!”

“Um revolver não é uma arma, Marge! É uma ferramenta, como a faca do açougueiro, um arpão ou um… um jacaré!”

“- Marge, posso ter um pato? – Não, você já tem um macaco. – Então o macaco pode ter um pato?”

“- Essa oferta é séria? – É sim. – Posso falar com a Marge antes? – Claro que pode. – Negócio fechado.”

“Lisa, fazer greve não leva a nada. Se não estamos satisfeitos com o trabalho, então a gente vai e faz de má vontade.”

“Marge, saiba que se o Bart é gay a culpa é sua. Quer dizer você tem de ser tão afeminada na frente do garoto?”

                      “- Vamos lá, Homer, cadê sua parte pensante? – Hmmm… a Lisa?”

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Hippie


  É isso aí galera voltamos! Dessa vez para contar uma das nossas histórias de bar.
  Sim, porque a equipe bar.atas é muito mais que uma equipe que montou um blog, nós somos um grupo de amigos que sempre que pode se reúne para tomar aquela cervejinha e pôr a conversa em dia. É claro que o que não falta são histórias dessas reuniões, e uma delas eu vou contar agora:

  Nós já dividimos a mesa com os mais diversos tipos de pessoas. E uma delas foi um hippie, isso mesmo um hippie!
  Embora alguns pensem - Nossa, mais um hippie?(alguns até vão lembrar daquela música do Matanza – maldito hippie sujo)...rsrs, Mas o fato é que esse cara foi um dos que mais contribuiu para nossas conversas, ele nos fez rir e também nos ensinou muitas coisas.
  Uma delas foi que eu estava um tanto quanto irritado naquela semana, pois tinha sido roubado, entraram na minha casa e levaram alguns cds meus. Nós estávamos conversando sobre música e então surgiu o assunto e eu comentei que levaram esses meus cds. Tamanha foi minha surpresa quando ele disse que também tinha sido roubado só que, no caso dele tinha sido muito pior, pois tinham levado, desde aparelho de som até a coleção de discos de vinil dele!
  Na hora eu tive de comentar:
 - Que sacanagem, você deve ter ficado puto!
  Nisso com a maior calma do mundo ele respondeu:
 - “Ah cara a música está em todo lugar e a gente ta sempre por aí, quando eu quiser ouvir sempre vai ter um jeito!”
E de fato naquele momento a gente estava ouvindo boa música, comentando cada uma delas e entre amigos, muito melhor que ouvir em casa!

  Não bastasse essa lição que ele nos deu, ainda nos presenteou com essa história hilária que segundo ele, é real:

 - Na época em que eu morava na praia,  estava terminando meu dia de trabalho vendendo meus últimos artesanatos (com a vista um pouco embaralhada pois tinha tomado umas com meus amigos) quando avistei uma moça loira, cabelos compridos, corpo sensual, na hora pensei que fosse minha vizinha. Fui oferecer meu artesanato e ela muito simpática comprou alguns, puxou conversa e disse para eu me sentar ao lado dela!
  Eu pensei: “hoje vou me dar bem com minha vizinha!”
  Estava confiante, (talvez ainda fosse efeito do etílico) tomei coragem e pus o braço sobre seus ombros.
  Nesse momento ela me olhou nos olhos e disse:
 “Calma aí hein, não vá se confundir, meu nome é Alex !!!”

Preciso dizer mais alguma coisa!? kkkkkk...
Talvez esse seja o motivo pelo qual ele veio morar aqui!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sexta-feira...Yeah!!!

                             Sexta-feira, dia mundial do happy hour
                               (ou da bebedeira pros mais chegado)!
                                                        kkkkk

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Beer

                                                                          Fact! 
                                                            kkkk

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Robert Johnson: 100 anos da lenda do blues

  Nesse último domingo (08/05/2011) a maior lenda do blues, Robert Johnson completaria cem anos de idade, claro se não tivesse morrido tão jovem (vinte e seis anos). Com um talento incrível e uma história de vida turbulenta influenciou grandes nomes do blues e do rock.
  E é claro que o Bar.atas não podia deixar de prestar sua homenagem, afinal o que seria de um bom bar sem um bom blues...
Robert essa é sua história:

  E assim conta a lenda... Em uma noite sem lua, após um dia comum, um negro jovem chamado Robert Johnson aguarda calado, com seu violão em mãos, junto a uma encruzilhada em Dockery’s Plantation, em Mississippi. Quando deu meia noite, um homem aparece descendo a rua em direção ao cruzamento. Robert começa então a tocar seu violão da melhor maneira possível, porém o pobre rapaz é tão fraco, que dá até dó de se ouvir. O homem ao se aproximar estende a sua mão, como quem pede que o violão lhe seja entregue. Com mãos trêmulas e suando frio, Robert lhe passa o instrumento, e esse homem misterioso então passa a afiná-lo.



  Quando satisfeito com a afinação encontrada, o homem começa a tocar algumas canções. Em dado momento, sem mais nem porque, ele pára de tocar. Olha para o jovem a sua frente com um sorriso repleto de satisfação, e lhe devolve o instrumento agora ‘afinado’. Robert Johnson então começa a tocar, e o faz agora com uma extrema facilidade que nunca lhe foi possível. E doravante, todos aqueles que o escutam, ficam imediatamente encantados pela sua música. Robert Johnson acaba de vender sua alma pro diabo em troca da fama de ser o melhor instrumentista que se tem noticia.
  É uma estória que cruza elementos de Faust com O Flautista Mágico (aquele que se livrou dos ratos de um vilarejo encantando os roedores maléficos ao tocar sua flauta).
  Muddy Waters conta que a única vez que viu Robert Johnson foi em Friars Point, Mississippi, em frente à drogaria local chamada Hirsberg’s Drugstore. Os pedestres lhe cercaram para ouvir e Muddy Waters, então com quase vinte anos de idade, se meteu lá no meio também. Contudo, Waters conta, Robert Johnson tocava o violão com tamanha ferocidade e maestria, que ele ficou extremamente intimidado por este bluesman mais velho, e logo foi embora.
  Robert Johnson é o nome mais famoso dentro do gênero blues, mais graças à sua lenda de ter vendido a sua alma pro diabo do que pelas proezas registradas em suas gravações que, por sinal, até os anos noventa, eram dificílimas de serem encontradas, portanto até quem se interessava encontrava dificuldades em achar para ouvir.
  Hoje em dia, certamente dada a facilidade com que informação se espalha geograficamente através da internet, já se sabem fatos mais concretos sobre quem era o homem Robert Johnson. Documentos como duas certidões de casamentos, alguns registros escolares, um atestado de óbito e alguns poucos memorandos de uma gravadora já foram encontrados. Procuraram-se parentes vivos, vizinhos e músicos que os conheciam, tendo os seus testemunhos gravados ou anotados. Tudo para tentar-se compreender mais sobre o homem atrás do mito. Contudo, como Johnson viveu uma vida andarilha solitária, é impossível saber com exatidão tudo que ele fez e todos os lugares por onde ele andou.
  E tratando-se de um personagem com uma vida tão desassossegada como a de Robert Johnson; não é que tudo começou com uma tremenda briga…
  Era uma vez um negro forte e inteligente chamado Charles Dobbs, nascido em fevereiro de 1865; apenas dias depois do Congresso Americano autorizar o anexo à Constituição que tornava lei a abolição da escravatura nos Estados Unidos (argumenta-se que sistemas de trabalho forçado praticados contra negros persistiram e eram na prática formas de escravidão em tudo menos no nome, mantendo-se em exercício principalmente no estado de Alabama até 30 de junho de 1928). Dobbs era um carpinteiro habilidoso, começando a vida ganhando dinheiro fazendo, montando e vendendo móveis. Com a devida disposição para trabalhar duro e tendo bons instintos e bom senso com dinheiro, conseguiu se tornar dono de terras em Hazelhurst, no condado de Copiah, no estado de Mississippi. Dobbs passou então a trabalhar na sua plantação de algodão e mantê-la lucrativa.
  Em 1889, casou-se com a jovem e bela Julia Ann Majors, onze anos mais nova, e com ela teve dez filhos; oito meninos e duas meninas, que invariavelmente o ajudavam trabalhando e mantendo a fazenda produtiva. Seu sucesso e prosperidade como fazendeiro incomodava outros fazendeiros da região, muitos deles antigos donos de escravos. Portanto, deduza-se que a relação com a vizinhança e/ou concorrência, dependendo de como quiser ver a questão, não era das mais harmoniosas para o Sr. Charles Dobbs. De fato, em uma briga com outro fazendeiro, esse um homem branco, que ocorreu provavelmente por volta de 1907, o Sr. Dobbs deu uma surra em seu oponente, supostamente o ferindo bastante. Isso criou uma situação difícil pro Sr. Dobbs que teve que sair fugido de Hazelhurst para nao acabar linchado e enforcado em uma árvore.
Charles Dobbs sumiu da região, seguindo para o norte e se instalando em Memphis no estado de Tennessee, utilizando agora o nome de Charles Spencer. Sua esposa, Julia Major Dobbs ficou em Hazelhurst, e, no espaço de tempo de aproximadamente dois anos, mandou um a um os oito filhos para Memphis morar e trabalhar com o pai, ficando ela com as duas filhas. Agora vivendo vidas separadas, Charles passou a morar com uma outra mulher e Julia, igualmente, passou a morar com um outro homem; esse, chamado Noah Johnson que trabalhava nas lavouras da região como mão-de-obra. Com Noah, Julia teve mais um outro filho homem que foi chamado de Robert Leroy Johnson.
  Pesquisadores em geral elegeram a data de 08 de maio de 1911 como a data de nascimento de Robert Johnson, porém a verdade é que ninguém sabe com certeza absoluta. Embora a data de 08 de maio seja reincidente em mais de um documento e portanto parece ser mais segura, a dúvida reside no ano. Não se encontra sua certidão de nascimento e cogita-se que ele possa nunca ter tido uma.
  A verdade é que não era incomum para a época, considerando o nível de pobreza da região no chamado cinturão de algodão, o pior do país, criança nascer e ser registrada com data errada um ou dois anos depois do fato. Em termos de documentos, o que se encontrou foi a data de seu nascimento segundo o registro na escola primária, certidão de seu casamento e sua idade no atestado de óbito. Acontece que cada um destes documentos oferece um ano diferente. Expecula-se que Robert Johnson pode ter nascido entre 1909 e 1912. Porém o consenso é de que provavelmente foi em 1911.
  Em 1914, Julia, já sem a companhia de Noah Johnson, se muda com as duas filhas e o pequeno Robert para Memphis indo morar novamente com seu marido Charles Dobbs, agora Charles Spencer; reunindo-se novamente com seus oito meninos. Na casa também morava a amante de Charles e os dois filhos que ele teve com ela. Segundo consta, todos se davam bem, porém obviamente Julia não ficou por muito tempo, se mudando logo dali deixando todas as suas crianças, incluindo o pequeno Robert para ser criado por Charles.   Ao que se saiba, Charles teve problemas em lidar com este seu novo filho-de-criação, vendo Robert Johnson, que passou a ser conhecido como Robert Spencer, como um menino pouco disciplinado.
  Levaria outros dois anos até Julia reaparecer em Memphis. Veio precisando da permissão de Charles para poder se casar novamente; agora com um jovem rapaz vinte e quatro anos mais novo do que ela chamado Willie ‘Dusty’ Willis. Pouco depois, Robert foi viver com o novo casal. Moravam inicialmente em uma favela chamada Commerce, que fazia parte da Leatherman Plantation, perto de Robinsonville em Mississippi. Lá, Robert passava a ser conhecido como Little Robert Dusty pela vizinhança. Porém quando foi matriculado na Indian Creek School na cidade de Tunica, Arkansas, no ano de 1919, seu nome constava como sendo Robert Spencer. A essa altura, o casal Willie e Julia mais o pequeno Robert fixam-se em Lucas, ainda em Arkansas, vivendo como a maioria, basicamente do trabalho na lavoura.
Em tempo, Julia ficaria grávida novamente e teria uma filha com Dusty. Ao que parece, não se encontram registros escolares de Robert entre os anos de 1925 e 1926, o que reforça a teoria de que aos quatorze anos ele fora mandado de volta para a casa de Charles Spencer em Memphis. Charles coloca o garoto para trabalhar na plantação, tentando entre outras coisas, passar para o filho de criação noções sobre o valor de se trabalhar duro para poder colocar comida na mesa. Spencer, porém se frustrava com o garoto pois Robert pouco interesse mostrou pela vida dura na lavoura colhendo algodão. Johnson passava a maior parte do seu tempo tocando gaita, instrumento que ele aprendeu a dominar relativamente bem. O adolescente Robert Johnson, com gaita na mão, instintivamente vê a música como o seu único caminho para fugir da vida no campo. Retornando à casa da mãe em 1927, novamente na região de Robinsonville no Mississippi, Robert compra o seu primeiro violão. Esforça-se para conseguir aprender a tocar o instrumento direito, mas segundo o que se comenta, o jovem era ruim ao ponto de incomodar os vizinhos.

  Desde muito cedo, em parte por conta de sua situação de filho bastardo, Robert teve que se passar usando vários nomes diferentes. Vão desde Robert Spencer, Robert Dobbs, Robert Dusty; e depois já como andarilho, dependendo da amante e da região, Robert Moore, Robert Barstow e até Robert James. Essas variações de identidade fazem com que fique ainda mais difícil mapear as andanças do músico. Especula-se que por idolatria a Lonnie Johnson, Robert passaria a se apresentar como sendo Robert Lonnie – um dos irmãos Johnson (Lonnie Johnson tinha onze irmãos); até que, já ao fim dos dezoito anos, finalmente passou a usar o seu verdadeiro nome, Robert Johnson.
   Negro bonito, porém tímido, aos dezoito anos se apaixona por Virginia Travis de desesseis anos, casando com ela em 16 de fevereiro de 1929. Sem teto próprio, o jovem casal passa a morar com a meia-irmã mais velha, Carrie Dobbs. Seu coração continuava na música e qualquer tempo livre que tinha, estava ele cantando e arranhando no seu violão. Porem, pelos próximos dois anos, Robert Johnson era essencialmente um fazendeiro, trabalhando duro no campo colhendo algodão. Em agosto de 1929 sua mulher Virginia ficou grávida, notícia que traz muita felicidade para a vida de Robert. Porém a tragédia estava a espreita e no dia 10 de abril de 1930, tanto Virginia quanto a criança morrem durante o parto. A família de Virginia Travis culpa Robert, acusando o seu gosto por cantar canções seculares (profanas) como sendo uma provocação a Deus passível a esse tipo de castigo divino, que na cultura da região é descrito como ‘vender a alma para o Diabo’. E Robert, abatido e tristonho, aparentemente aceitou a acusação e a culpa, sem negar.
  É depois desta tragédia que Robert passa a deixar o trabalho no campo de lado, e passa a investir em ser músico em tempo integral, frequentando bares e inferninhos, buscando observar e aprender a tocar melhor o violão. Porém Robert, que praticamente abandona por completo a gaita, é ainda muito fraco como instrumentista para conseguir ganhar dinheiro. Procurou um respeitado bluesman que morava em Robinsonville chamado Willie Brown e esse lhe abre os ouvidos para o blues de Charley Patton, o maior nome do delta Blues da época. Por coincidência, justamente nesse período, o já conhecido e respeitado bluesman Son House, recém saído da famosa penitenciária Parchman Farm, aparece na cidade para se alojar com o seu amigo Willie Brown. Robert procura forjar amizade e frequenta todas as apresentações da dupla Son House e Willie Brown, se convidando a tocar com eles mas sendo seguidamente recusado.



  Johnson busca aprender tudo que puder vendo o mestre e de início, Son House até mostra paciência com o rapaz e chega a chamá-lo de um bom menino, porém músico fraco demais para acompanhá-los. Pelo que se conta, Johnson persiste em tentar convencer Son House a lhe dar aulas, porém o resultado é que House se irrita com o garoto arranhando as cordas tão grosseiramente, e o rotula de caso perdido e põe o rapaz pra correr. Robert Johnson, vendo que não tinha mais como aprender com Son House ou Willie Brown, acaba por deixar Robinsonville por completo, perambulando pelas estradas vizinhas.
  Sem ninguém prever, muito menos ele mesmo, Robert Johnson dá seus primeiros passos em direção ao tipo de vida andarilha que para sempre será associado a seu nome e sua imagem. Ele só retornaria a Robinsonville novamente dentro de aproximadamente dois anos, já executando com maestria músicas no seu violão. Não por coincidência, segundo a lenda, é nesse ínterim que Robert Johnson teria vendido sua alma pro Diabo. Pelo o que se sabe, Johnson teria primeiro caminhado pro sul perambulado pelas cercanias de Hazelhurst onde nasceu, supostamente a procura de Noah Johnson, seu verdadeiro pai. Não se sabe se ele o encontrou, porém Robert definitivamente encontrou o que ele mais precisava naquele ponto e sua vida; ou seja, alguém que lhe dedicaria o devido tempo para ensiná-lo a melhorar como instrumentista.



  Passando por Crystal Springs, cidade vizinha a Hazelhurst, Robert Johnson conhece e faz amizade com Tommy Johnson, outro bluesman de expressão que já tinha gravado um número de discos e sendo conhecido por suas acrobacias com o instrumento; como tocar seu violão entre as pernas ou por detrás da cabeça. Agora, com a queda da Bolsa de Valores e o inicio da Grande Depressão, os convites para gravar discos secaram, o que faz Tommy Johnson retornar a sua terra natal em Crystal Springs. Ele vive agora catando algodão durante época de colheita e tocando ao vivo pela vizinhança à noite nos fins-de-semana. Tommy Johnson também é notório por dizer que negociou sua alma com o velho Scratch (o diabo) na encruzilhada perto de uma das plantações de algodão da Dockery Farms.
  Segundo se especula, foi Tommy Johnson quem ensinou Robert Johnson como e onde fazer o seu famoso pacto. O que se verifica é que, andando sozinho pelas estradas do mundo, indo e vindo de espeluncas freqüentadas por todo tipo de gente, ser conhecido por ter o Diabo como seu benfeitor lhe dá um certo senso de proteção. Superstição ainda faz uma grande parte da cultura geral da época e um rufião de maus intentos, é mais apto a evitar se meter com você se todos acreditam que ele é um protegido de Satanás. Essa mentalidade, e no caso, o raciocínio por detrás dela, provavelmente foi passado a Robert por Tommy, e ajuda a explicar porque Robert Johnson nunca fez nenhuma objeção contra a acusação dele fazer um pacto com o mal. Muito pelo contrário, compôs canções como "Me And The Devil" que ajudaram a concretizar tal suposição.
  Tommy Johnson o leva a Martinsville para lhe apresentar aos irmãos Ike e Herman Zimmerman, ambos tidos como bons instrumentistas. Robert Johnson acabaria se instalando em Martinsville, onde Ike passa a levá-lo quase toda noite para o cemitério onde juntos, tocam até altas horas da noite sem ouvir reclamação de ninguém. Dentro desses quase dois anos residindo em Martinsville, Robert engravida uma menina chamada Vergie Mae Smith e mais tarde, casa em maio de 1931, com Caletta Craft, uma senhora de trinta e poucos anos, cerca de dez anos mais velha do que ele e mãe de três crianças pequenas. Calle, como era chamada, seria o protótipo da mulher que Johnson geralmente almeja para relacionamentos. Mulheres que não eram feias, porém não muito vistosas, portanto sem muita concorrência, a quem ele oferece sua atenção e carinho e elas dão casa, comida e roupa lavada. Em alguns casos, até uns trocados também. Johnson se mudaria para Clarksdale com Calle e suas crianças em 1932; porém o relacionamento desanda e quando ela fica doente, ele pega o violão e a estrada, efetivamente abandonando-a. Robert Johnson nunca mais ficará vivendo no mesmo lugar por muito tempo.
   Fala-se que o poder de Robert Johnson de absorver a técnica e estilo de quem ele observa era impressionante. Supostamente, Robert aprende de você e depois acaba tocando o seu estilo melhor do que você. Não há registros sonoros de Ike Zimmerman para poder-se determinar quão evoluído no instrumento ele realmente era para poder ensinar Robert Johnson a tocar como ele passou a tocar. Todavia, o fato é que, quando Robert Johnson retorna para Robinsonville em meados de 1932, ele já é um músico muito superior do que quando deixou o lugar em 1930. Ele reencontrou com a dupla Son House e Willie Brown em Banks, Mississippi. Dessa vez porém, segundo o que se conta, quando Johnson tocou para o povo local, Son House e Willie Brown ficaram de queixo caído. A ele finalmente foi permitido tocar com o duo, o trio tocando juntos nas redondezas e depois viajando juntos até Memphis, Tennessee. Son House em entrevista teria dito categoricamente que Robert Johnson se mostrava muito mais evoluído no instrumento do que ele mesmo. E que a única maneira que se explica de alguém passar de tão medíocre a tamanha maestria em tão pouco tempo, é se ele foi para a encruzilhada vender a alma pro Demônio. E assim o boato se espalhou.
  Deste ponto da história, conseguir mapear os caminhos de Robert Johnson com exatidão torna-se impossível. Sabe-se que ele deixou o Delta e rodou caroneando via trem, carro ou caminhão pelos centros e cidadezinhas do Mississippi e Alabama. Johnson encontra e faz amizade com Johnny Shines, esse ainda menino sonhando em conhecer o mundo tocando blues. De tanta admiração pela capacidade musical de Johnson, Shines passa a segui-lo pela estrada na medida em que Johnson permitia. Shines confirma que, com Robert Johnson, ambos tocaram em cidades ainda mais distantes chegando a Chicago, Detroit e até atravessando a fronteira indo parar em Windsor, Ontário, no Canadá. Retornam aos Estados Unidos seguindo leste até parar em Nova York.
  Enquanto em Detroit, Robert Johnson e Johnny Shines participam como duo tocando no programa de rádio local The Elder Moton Hour em 1937. Embora essencialmente um artista solo, no sentido mais simples do termo, Robert Johnson também se apresentou junto com outros músicos como Willie Borum em Memphis no estado de Tennessee (1932); Henry Townsend em St. Louis no estado de Missouri (1935); e com Johnny Shines viajou por todos os estados paralelos ao Rio Mississippi chegando até o Canadá e depois seguiu leste até a costa durante os anos de 1934 e 1937. Tocou em uma variação de formações com um grupo de bluesmen compostos por Alex Miller (Sonny Boy Williamson II), Howlin’ Wolf e Elmore James, em várias cidades espalhadas pelo estado de Mississippi entre 1937 e 1938; e com David ‘Honeyboy’ Edwards em Mississippi em 1938.
  Através de relatos, podemos concluir que Robert Johnson tenha tocado em lugares espalhados pelos estados de Mississipi, Tennesee, Arkansas, Texas, Kentucky, Indiana, Michigan, Missouri, Illinois, Ohio, New Jersey, e New York. É igualmente provável que Johnson também tenha passado por outros estados americanos, principalmente no sudeste como também no centro oeste americano. Especula-se que o mais longínquo que Robert Johnson tenha viajado seja até as duas Dakotas no meio-noroeste americano. Não há muitos que sugerem que Robert Johnson tenha ido parar na costa oeste, embora não se tem como saber com certeza.

Robert Johnson & Johnny Shines

  Segundo Johnny Shines, Robert Johnson tinha uma capacidade ímpar de pegar e decodificar uma canção nova com apenas uma audição. Shines conta que certa vez estava conversando com Johnson em um local onde havia um rádio ligado e tocando ao fundo. A conversa continuou normalmente, porém mais tarde no mesmo dia, Shines repara em Robert tocando uma música que havia tocando no rádio durante o papo.   Johnson aparentemente, sem deixar de participar da conversa, estava ao mesmo tempo ouvindo e estudando a canção no rádio. Shines também teria dito que poucos são aqueles que podem recordar ter visto Robert Johnson praticando o violão ou trabalhando uma canção. Shines, explicando como Johnson conseguia aprender repertório novo sem muito esforço, teria resumido a questão da seguinte maneira: “Assim como ninguém fala de um pato aprendendo a nadar, pois assim era com o Robert Johnson.”
  Robert Johnson morou com uma mulher diferente em cada cidade por onde passou. Especula-se que embora ele não tenha feito família no sentido mais básico da palavra, provavelmente teve um número grande de filhos ilegítimos espalhados de norte ao sul do rio Mississippi e além. Sabe-se também que na cidade de Helena, em Arkansas, Johnson ficava com Estella Coleman, que tinha um filho adolescente chamado Robert Lockwood. Johnson e Lockwood firmaram forte amizade, Lockwood sendo o único músico que se sabe a quem Robert Johnson procurou ensinar sua maneira de tocar. Johnson e Lockwood passariam a viajar e tocar juntos em pequenas temporadas mantendo-se dentro da região do Mississipi Delta. Entre idas e vindas de Robert Johnson, sozinho ou acompanhado, a relação de Johnson com Estella Coleman durou pelo menos cinco anos que se tenha notícia. Robert Lockwood depois passaria a adotar o nome Robert Jr. Lockwood por conta de seu afeto e admiração pelo seu padrasto.
  Mas na maior parte das vezes, Robert Johnson segue sozinho pelo mundo. Ele tocou em tudo que é lugar, desde casas noturnas propriamente ditas a puteiros de quinta categoria. Quando ele chegava em um local novo, sua tática era de logo procurar tocar em uma esquina perto do barbeiro local, farmácia, ou um restaurante de preço popular. Essencialmente pontos de uso essencial da comunidade. Outro detalhe que se sabe sobre o homem Robert Johnson é que ele tinha um dom natural de conversar com o povo local e com simpatia aliados à sua boa pinta, inevitavelmente consegue fazer amizade com alguém que o ajuda a se arranjar no local.
  Tocava essencialmente por gorjetas nas ruas durante o dia e em inferninhos baratos à noite. Ele não se fixa em tocar só blues e sim qualquer coisa que possa agradar sua audiência imediata. Pelo que se sabe, Johnson não costumava tocar suas composições próprias, sua preocupação maior era fixada em entreter e assim, ganhar uns trocados. Segundo Johnny Shines, uma das composições próprias que Johnson gostava de tocar ao vivo com mais freqüência era "Come On In My Kitchen".
  Sabe-se que Robert Johnson guardava com muito cuidado suas composições e era capaz de deixar um lugar de uma hora para outra se percebesse que havia alguém no público prestando excessiva atenção em como ele tocava. Nasce dessa paranóia seu hábito de tocar de lado, quase de costas para a platéia. E se ainda assim, ele sentisse a ameaça de alguém aprender demais o assistindo tocar, Johnson se levantava e ia embora sem mais nem por que. Foi assim que Johnny Shines perdeu Johnson de vista. Ele simplesmente desceu do palco enquanto Shines terminava o resto do set e foi embora. Quando Shines deu conta, Johnson já tinha pegado o primeiro trem cargueiro e seguido na direção que o trem o levasse.
  Voltando ao que se sabe como certo Robert Johnson querendo gravar um disco só seu, ficou sabendo que em Jackson, Mississipi, o dono da quitanda também trabalhava como olheiro de talentos e supostamente tinha contatos com alguma gravadora. Johnson procura o tal dono da quitanda, um homem chamado H. C. Spier que gostou do que ouviu e arrumou dele encontrar-se com Ernie Ornette, que igualmente ficou bem impressionado com Johnson e ofereceu de gravá-lo em San Antonio, Texas onde sua gravadora, a Brunswick Records, tinha um estúdio de gravação.
  O tal estúdio de gravação na verdade eram dois quartos alugados pela Brunswick em um hotel. Num quarto ficava instalado o engenheiro de som e seu equipamento, mais o produtor das sessões, que no caso trata-se de Don Law. No outro quarto ficava o microfone e o talento a ser gravado. Robert Johnson receberia entre $10 a $15 dólares por canção e nenhum direito autoral.

  Numa segunda-feira feia e de ventos fortes, do dia 23 de novembro de 1936, no quarto 414 do Gunter Hotel, Robert Johnson grava "Kind Hearted Woman Blues", "(I Believe I’ll) Dust My Broom", "Sweet Home Chicago", "Rambling On My Mind", "When You Got A Good Friend", "Come On In My Kitchen", "Terraplane Blues" e "Phonograph Blues".
  Ele retornaria para o mesmo local na quinta-feira, dia 26, gravando somente uma canção, a "32-20 Blues". Entre segunda e quinta, Robert Johnson seria preso por vadiagem e na delegacia apanha dos policiais e tem seu violão quebrado. Johnson dá o nome de Don Law como empregador que é contatado e, ao chegar na delegacia, confirma o status de músico pago pela sua gravadora conferido a Johnson. Law paga fiança e deixa Johnson no hotel onde o músico estava hospedado. Colorindo um pouco essa estória tem outra. Conta-se que mal Law chega em sua casa e recebe um telefonema de Johnson pedindo cinco centavos emprestados de adiantamento para completar os quarenta e cinco centavos que ele tinha, para poder pagar cinquenta centavos que era o valor que uma prostituta que ele arrumara no hotel estava cobrando.
Fechando a semana de trabalho, sexta-feira dia 27 de novembro de 1936, Robert Johnson retorna pela última vez ao quarto 414 do Gunter Hotel e grava "They´re Red Hot", "Dead Shrimp Blues", "Cross Road Blues", "Walking Blues", "Last Fair Deal Gone Down", "Preaching The Blues (Up Come The Devil)" e "If I Had Possession Over Judgement Day". Johnson gravaria dois takes de vários de seus números, deixando um interessante material de estúdio uma vez que depois dos anos noventa, todo este acervo ficara finalmente disponível no mercado.
  Quase oito meses passariam até Johnson gravar uma segunda serie de sessões, dessa vez na cidade de Dallas, Texas, no Brunswick Record Building, que fica no sobrado de 508 Park Avenue. Dividido em duas sessões realizadas em junho de 1937, a primeira começando no sábado dia 19, rendeu as gravações de "Stones In My Passway", "I’m A Steady Rollin’ Man" e "From Four Till Late".

  A última e derradeira sessão de gravação na vida de Robert Johnson rendeu bastante material. Realizado no Domingo no dia 20 de junho de 1937; Johnson grava "Hellhound On My Trail", "Little Queen Of Spades", "Malted Milk", "Drunken Hearted Man", "Me And the Devil Blues", "Stop Breakin’ Down Blues", "Traveling Riverside Blues", "Honeymoon Blues", "Love In Vain" e "Milkcow’s Calf Blues".
No todo, Robert Johnson gravou um total de 29 canções embora há um boato de que uma trigésima canção teria sido gravada por insistência do engenheiro de som. Se existe, até o presente, nenhum vestígio dessa canção foi encontrado.
  O primeiro compacto a surgir das sessões, lançado pelo selo Vocalion (depois comprada pela CBS que por sua vez seria comprada pela Sony Music) foi "Terraplane Blues" / "Last Fair Deal Gone Down", que muitos consideram o único hit do Johnson, com o compacto vendendo 4 mil cópias. Considerando o mercado fonográfico da época, acoplado com o custo de vida durante a depressão dos Anos Trinta, o número é relativamente bom. O que se sabe é que Don Law tinha interesse em voltar a gravá-lo. Apesar de outros compactos serem lançados antes dele falecer, aparentemente este é o único disco seu que Johnson ouviu em vida. Conta-se que ele ficou tão feliz que comprou várias cópias para dar de presente a parentes e para cada um de seus filhos, embora muitas vezes ele fosse proibido de se aproximar deles. Há pelo menos um relato, contado por Claude Johnson, seu único filho comprovado e reconhecido legalmente, que diz que Robert Johnson não foi permitido pelos avós que o criaram, a passar pelo portão da frente da casa, enquanto ele, Claude, só pôde vê-lo pela fresta atrás da porta. Isso por conta de Robert Johnson ter feito um pacto com o diabo. “E essa foi a única vez que eu vi o meu pai.”
  Tocando pelas esquinas do mundo afora, quando alguém pedia "Terraplane Blues", Johnson se enchia de orgulho e informava com um sorriso de orelha a orelha, que ele foi quem compôs esta canção. Analisando as gravações, se pode ouvir em Robert Johnson as influências de um número de importantes bluesmen, como os já falados Charley Patton, Son House, Willie Brown, Tommy Johnson e Lonnie Johnson; como também de Kokomo Arnold, Scrapper Blackwell, Hambone Willie Newbern, Leroy Carr, Big Bill Broonzy e Skip James. Embora não existam gravações que documentem a proeza de Ike Zimmerman, é óbvio que esse foi para Robert sua influência mais direta.
  Johnson como instrumentista é capaz de fazer duas coisas diferentes quase que seguidas uma da outra, o que dá a sensação nas gravações de existirem duas pessoas tocando, não só uma. E como se isso não fosse o bastante, Johnson consegue cantar por cima disso tudo, o que deixa músicos mais estudiosos extremamente impressionados. Comparando Johnson com seus maiores mentores, percebe-se que está no tratamento dado por Johnson a suas canções e seus arranjos a marca de sua genialidade. Conciso, consegue compor um tema completo com duração nunca superior a três minutos, perfeito para o formato de discos (então existentes apenas com 78 rpm). Trouxe para os seus arranjos o baixo de boogie-woogie, normalmente associado somente ao piano, nunca no violão. Enquanto era comum nas letras em blues da época ficar com resoluções um tanto quanto abstratas, as melhores letras de Johnson oferecem uma estória completa com inicio, meio e fim. E para coroar tudo, Johnson também tem uma voz muito boa, donde ele extrai tanto força, como ternura.

Three Forks Store

  No calor do verão de Mississipi, no dia 12 de agosto de 1938, Robert Johnson e David ‘Honeyboy’ Edwards estavam marcados para tocar naquela noite, em uma loja de conveniências não muito longe de Greenwood, chamada Three Forks, que à noite faziam festas pro povo local ouvir e dançar. Segundo Honeyboy Edwards, Robert Johnson estava claramente mostrando demasiada atenção a uma mulher acompanhada de um homem que muitos acreditam se tratar do dono da loja. Outra versão sugere que a tal mulher era uma antiga namorada de Johnson que, de volta na área, queria requentar o romance.
  No dia seguinte, antes de Honeyboy chegar, Robert Johnson e Sonny Boy Williamson II (Rice Miller) dividiam uma mesa e conversavam. Williamson testemunha que Johnson estava de olho na mulher do patrão e que alguém, possivelmente a própria mulher, lhe trouxe uma garrafa aberta de whisky caseiro (Moonshine). Johnson aceitou e bebeu apesar de avisos de nunca beber de uma garrafa que já chega aberta. Estavam tocando os três músicos quando por volta de uma da manhã, Robert Johnson começou a passar mal. O povo queria que o músico continuasse, mas lá pelas duas da matina Robert estava tão mal que teve que ser levado embora. Trouxeram-lhe até seu quarto em um barraco na 109 Young Street onde estava hospedado em Greenwood. Johnson passou três dias em agonia com terríveis dores estomacais, finalmente morrendo no dia 16 de agosto de 1938. Uma versão da estória sugere que ele conseguiu sobreviver ao envenenamento, que saiu pelo suor, mas por conseqüência pegou pneumonia e morreu. Seu atestado de óbito diz ‘Causa de Morte: Nenhum Doutor (No Doctor).’
  Robert Johnson foi em seguida enterrado no cemitério junto à igreja Mt. Zion Missionary Baptist Church perto de Morgan City, segundo consta em seu atestado de óbito. A Columbia Records em 1990 ergueu um pequeno obelisco como memorial a Johnson no local. Todavia, há quem diz que Robert Johnson não permaneceu enterrado neste local por muito tempo. Supostamente uma das suas irmãs retirou seus restos dali e o levou a Payne Chapel Missionary Baptist Church perto de Quito, Mississipi. Lá também foi colocado um marco, desta vez uma placa, para marcar o local. Todavia, ainda há suspeitas que seu corpo na verdade fora enterrado junto a uma árvore dentro do cemitério da igreja de Little Zion localizada ao norte de Greenwood junto a Money Road. Neste local também existe um marco homenageando Robert Johnson, dessa vez pago pela Sony Music.

Robert Johnson

  O legado de Robert Johnson é enorme, embora tenha levado muitos anos após sua morte para sua influência ser realmente contabilizada. Muddy Waters e Elmore James são apenas dois nomes que imediatamente vêm à mente como demonstrando em suas gravações as lições aprendidas com Robert Johnson. Contudo, ele só se tornaria realmente famoso depois dos anos sessenta quando os roqueiros o adotam. Em 1961 a CBS lança pela primeira vez um LP com desesseis de suas canções com o titulo Robert Johnson – King of the Delta Blues Singers, que vai ser ouvido e absorvido por gente como Brian Jones, Keith Richards, Eric Clapton, Paul Butterfield, Duane Allman e Johnny Winters, efetivamente contribuindo para dar início ao interesse maior pelo blues entre os jovens brancos americanos e, na Inglaterra, para o nascimento do movimento de blues inglês. O volume 2, com o restante das gravações mais algumas versões alternativas, seria lançado em 1971.
  Somente em 1990, após anos de litígio sobre direitos autorais (que desde 1998 pertencem ao filho e herdeiro comprovado Claude Johnson), lança-se finalmente a caixa completa com todas as suas gravações existentes, mais duas fotos, as únicas conhecidas de Robert Johnson. Hoje já apareceu uma terceira, com Robert Johnson ao lado de Johnny Shines, encontrada com uma das irmãs de Johnson que ainda estava viva. Especula-se que podem ainda haver outras fotos por serem descobertas.
  Passados os últimos vinte anos, o nome de Robert Johnson se torna um meio de ganhar dinheiro. Criaram fundações com seu nome, vende-se camisetas, pôsteres, palhetas e sabe-se lá mais o que; tudo com o nome, imagem e até a assinatura (tirada da certidão de casamento) de Robert Johnson. Ele é atualmente o bluesman que mais gera dinheiro em merchandising dentro dos Estados Unidos, muito além do que qualquer outro bluesman americano atualmente vivo. Talvez mais importante do que isso seja que não só a lenda, mas agora a música de Robert Johnson persiste em encantar os ouvintes. E a julgar pela consistência de novas versões gravadas por novos artistas a cada ano, a música de Robert Johnson continuará vivendo saudavelmente entre as novas gerações que continuamente surgem.
  Robert Johnson jamais poderia imaginar tamanho sucesso.

  Vejam, escutem, sintam o blues de Robert Johnson...

Texto Original: Wiplash

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Bar x Academia

Por que será que é mais fácil freqüentar um bar do que uma academia?
Para resolver esse grande dilema, foi necessário freqüentar os dois (o bar e a academia) por uma semana.
Vejam o resultado desta importante pesquisa:
Vantagem numérica:
Existem mais bares do que academias. Logo, é mais fácil encontrar um bar no seu caminho.
1×0 pro bar
Ambiente:
No bar, todo mundo está alegre. É o lugar onde a dureza do dia-a-dia amolece no primeiro gole de cerveja.
Na academia, todo mundo fica suando, carregando peso, bufando e fazendo cara feia.
2X0
Amizade simples e sincera:
No bar, ninguém fica reparando se você está usando o tênis da moda. Os companheiros do bar só reparam se o seu copo está cheio ou vazio.
3X0
Compaixão:
Você já ganhou alguma saideira na academia? Alguém já te deu uma semana de ginástica de graça?
No bar, com certeza, você já ganhou uma cerveja ‘por conta’.
4×0
Liberdade:
Você pode falar palavrão na academia?
5×0
Libertinagem e democracia:
No bar, você pode dividir um banco com outra pessoa do sexo oposto, ou do mesmo sexo, problema é seu…
Na academia, dividir um aparelho dá até briga.
6×0
Saúde:
Você já viu um freqüentador de bar reclamando de dores musculares, joelho bichado, tendinite?
7×0
Saudosismo:
Alguém já tocou a sua música romântica preferida na academia? É só ‘bate-estaca’ , né?
8×0
Emoção:
Onde você comemora a vitória do seu time? No bar ou na academia?
9×0
Memória:
Você já aprontou algo na academia digno de contar para os seus netos?
10×0 pro BAR!!!
Portanto, se você tem amigos na academia, peça para eles lerem esse post ou passe o link para eles.
PS: Você já fez amizade com alguém bebendo Gatorade???

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Maldita Ressaca – Velhas Virgens

Toca o telefone
Latem os cachorros
Choram as crianças
E eu não consigo dormir
Será que não percebem?
Voltei da bebedeira
Minha cabeça dói
Acho que vai explodir

 

Eu bebi tudo aquilo que encontrei
Não bebi mais porque não achei
Até a pouco 'tava tudo bem
Agora me sinto debaixo de um trem

Toca a campainha
Gritam os vizinhos
Não sei o que faço
Sei que de hoje não passo
Não vou pro trabalho
Não vou pra escola
Dê-me uma esmola
Me deixa dormir em paz

Eu bebi tudo aquilo que encontrei
Não bebi mais porque não achei
Até a pouco 'tava tudo bem
Agora me sinto debaixo de um trem

Maldita ressaca
Dedo na garganta
Sou um trapo humano
Jogado no chão de um banheiro
Passarinhos cantam
Por quem os sinos dobram
Garanto que não por mim

Eu nunca mais vou me levantar
Eu nunca mais quero trabalhar
Prometo até que não bebo nunca mais
Mas nunca é sempre tempo demais

Maldita ressaca
Tambores da África na minha cabeça
Bateria da Mocidade na minha cabeça
Motores dos carros
Bombeiros, Cidade
Morteiros, Puteiros
Boates...
Maldita ressaca...

Vocês sabem o que eu quero dizer!

sábado, 23 de abril de 2011

A triste história do coelho depressivo

É pessoal, parece que o coelho da páscoa anda meio depressivo, ele esteve aqui no Bar.atas ontem à noite e foi encontrado hoje pela manhã em um estado deplorável. Será que não teremos páscoa esse ano?

Um dos nossos garçons viu tudo e pode contar melhor:

Sim, eu vi tudo! Ele chegou aqui por volta das seis horas, fez o pedido e sentou naquela mesa ali!

- O que o senhor deseja?

- Uma garrafa de gim!

- Desculpe, mas você pediu uma garrafa?

- Sim, porra, e rápido!

- Tudo bem, já está a caminho, mas o senhor precisa de ajuda?

- Minha ajuda está naquela garrafa!

- Mas talvez se você me contar o que houve, eu possa ajudá-lo!

- Fui LARGADO! Tá satisfeito agora?! Minha mulher me deixou, não tenho onde morar, e ainda vou ter que pagar pensão!

- Nossa! Bom, mas hoje em dia isso é normal; muitos pais são separados e pagam pensão!

- NORMAL?! Você fala isso por que tem um ou dois filhos, mas e eu, eu sou um coelho, faz idéia do que é pagar pensão pra 38 filhos?! Onde vou conseguir toda essa grana?!

- Entendo, mas pra que esse drama, a páscoa está aí! É a chance de conseguir essa grana!

- E você acha que eu tenho saco pra trabalhar depois de tudo que me aconteceu?! Eu não quero nem saber, esse ano não vai ter páscoa porra nenhuma!

- Mas você não pode fazer isso, pense nas crianças!

- Ah, as crianças, ia me esquecendo delas. As mesmas crianças que só querem saber daquele velho gordo e barbudo do papai Noel! Pode notar, chega o natal e elas vão todas correndo contar que se comportaram, foram bem na escola, ajudaram os pais!
MAS E EU, PORRA! Na páscoa ninguém me dá nenhuma satisfação, só querem saber se o ovo foi entregue ou não! E se não foi, a culpa é de quem, quem que se fode é sempre o coelho!!!

- Tudo bem, você é quem sabe, mas pensa bem!
  Eu vou atender as outras mesas, se precisar de alguma coisa é só me chamar!

Fiz o que disse e fui atender as outras  mesas, quando voltei, ele não estava mais lá! Na hora eu pensei que ele tinha mudado de idéia, ou alguém o tinha ajudado. Enfim, não me preocupei mais.
Mas hoje pela manhã quando fui por o lixo pra fora, o encontrei ai nesse estado que vocês podem ver.


É isso ai pessoal, vamos ver o que podemos fazer para pelo menos tentar salvar a páscoa!
Mas de qualquer forma, feliz páscoa a todos!

- Alguém aí traz um café bem preto!
- Não, café não, é melhor água!
- Dizem que suco de laranja ajuda!
- Não seria melhor um banho frio?!...
                          ...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

TANKARD - Die With A Beer In Your Hand (tradução)


A banda faz músicas e álbuns continuamente, desde 1986, com o mesmo estilo com o qual eles começaram: músicas de metal rápidas, honrando o álcool. Assim eles afirmam ter inventado um novo gênero chamado “alcoholic metal”. se consideram “Kings Of Beer” em homenagem ao personagem folclórico Gambrinus.

Die With Beer in Your Hand
                                                                                                                       
Cuspir fogo, o meu desejo
E depois vou me aposentar
Depois de os Demônios serem mandados de volta ao Inferno
Uivos na Noite
Uma manilha de lobos me cerca
Renascidos do aço, é hora de lutar

Apoiado pelo Diabo
Ele tem a minha alma
Vitória no cheiro das virgens do Inferno
Mergulhando naquele buraco

Espada segurada no alto - quem é o mentiroso?
Eu tenho a cerveja do fogo
Nós cagamos em todas as histórias que você tem a dizer
Levante-se e lute!
Vocês, fracassados, sentem-se no fundo
Tankard está de volta, e fazendo tudo certo

Morra, meu amigo - Porque este é o fim
Faça uma declaração final e morra com uma cerveja na mão
Morra, meu amigo - Porque este é o fim
Faça uma declaração final e morra com uma cerveja na mão

Industrializado! Mil compradores
Um mundo místico para contratar
Nosso desejo de cerveja compensa os contos que eles contam
Estavam no direito
Álcool, meu leve pesadelo
Mostre-me o caminho, quando é a luta?

Apoiado pelo Diabo
Ele tem a minha alma
Vitória no cheiro das virgens do Inferno
Mergulho naquele buraco

Luxúria por Metal, grito de batalha
Parece que não estamos em sintonia
Nossos sentimentos são diferentes mas todos nós
estamos indo bem
Temos uma meta
Vocês, seus desgraçados, devem estar acabados pois
Vocês não bebem cerveja, Viadinho

Cuspir fogo, o meu desejo
E depois vou me aposentar
Depois de os Demônios serem mandados de volta ao Inferno
Uivos na Noite
Uma manilha de lobos me cerca
Renascidos do aço, é hora de lutar

Apoiado pelo Diabo
Ele tem a minha alma
Vitória no cheiro das virgens do Inferno
Mergulhando naquele buraco

terça-feira, 19 de abril de 2011

Índios

É isso ai galera hoje é dia do índio,
O que me faz lembrar de uma das mais belas letras já escritas em terras tupiniquins!
 
"Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
E sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.
Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do iní­cio ao fim.
E é só você que tem
A cura do meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Acreditar por um instante
Em tudo que existe
E acreditar
Que o mundo é perfeito
Que todas as pessoas
São felizes...
Quem me dera
Ao menos uma vez
Fazer com que o mundo
Saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz
Ao menos, obrigado.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado
Por ser inocente.
Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do início ao fim."

E quero agradecer a minha amiga Monique Doretto por divulgar o “Bar.atas” no blog dela,
Então sigam também:

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Crossroads

Em 18/04/1988 há 23 anos atrás era lançado o Box-set “Crossroads”, retrospectiva dedicada a Eric Clapton, que vendeu dois milhões de cópias em menos de cinco anos, recorde para um lançamento do gênero.
  Eu como um grande fã de Eric Clapton sou suspeito pra falar mas de fato é uma verdadeira obra prima, para quem já conhece o som do cara é um box obrigatório, e para quem ainda não conhece, essa é a melhor coleção para descobrir a bela obra do grande músico Eric Clapton.